Consumismo Infantil


Bom dia pessoal!


Como sempre aconselho as pessoas que buscam minha ajuda, não é bom que as crianças não assistam mais do que uma hora de televisão por dia. 

Essa recomendação se dá por uma variedade de motivos
1. a criança acumula energia
2. dependendo do programa, ele pode incitar ou banalizar a agressividade
3. as crianças ficam preguiçosas e podem ser tornar obesas
4. as crianças tornam-se mais consumistas

É sobre este último item que vamos falar hoje. Os pais normalmente ficam tranquilos quando deixam os filhos assistirem a programas para sua faixa etária afinal, muitos especialistas estudaram e fizeram aquela atração para crianças daquela idade, certo?

Certo! Mas, de qualquer forma, seu filho estará exposto a muita propaganda. Nos canais de televisão, os intervalos são repletos de comerciais de brinquedos para essas crianças. Muitos pais acham que resolverão isso comprando os DVDs e colocando para os filhos assistirem. Mas depois cedem aos pedidos de brinquedos da Galinha Pintadinha, dos Backyardingans, das princesas, etc.

Hoje deparei-me com um texto muito interessante do site Consumismo e Infância (www.consumismoeinfancia.com) e resolvi colocá-lo aqui para que possam pensar um pouco mais no assunto.

Pesquisas ressaltam influência publicitária nos hábitos infantis

No mês das crianças, foram divulgadas algumas pesquisas que mostram o quanto a publicidade infantil influencia nas escolhas dos pequenos e também nas compras dos pais. Um estudo da eCGlobal, feito em setembro, mostrou que 65% dos pais pretendiam dar exatamente o presente que seu filho pediu para o Dia das Crianças e reforçam o apelo consumista da data: no Brasil, 72% das pessoas acham importante dar presente no dia e 90% dos pais iam presentear seus filhos.

Os pais não têm dúvidas quanto a principal influência na decisão das crianças: 38% citou as propagandas na televisão, seguido pelos amigos que já possuem o brinquedo (26%). A relação do produto com um personagem de desenho também influencia: 18% falaram essa resposta.

Já uma pesquisa da Universidade Brasília (UnB):psicologia, financiado pelo programa InFormação da ANDI e do Instituto Alana, mostrou um quadro crítico: para os pais entrevistados, seus filhos são menos influenciados pela publicidade do que os filhos dos outros, mostrando um excesso de confiança na capacidade dos filhos na resistência à persuasão publicitária. A pesquisa também mapeou as estratégias mais utilizadas pela publicidade infantil para convencer às crianças (veja o gráfico no final).

A pesquisa “Propaganda de alimentos e bebidas na TV: percepção de crianças em mães”, da Faculdade de Saúde Pública da USP, ressaltou a influência publicitária nos hábitos alimentares infantis. O estudo concluiu que o fast food foi o alimento mais veiculado nas emissoras analisadas, sendo que do total de exibição de propagandas de uma das emissoras, os alimentos não saudáveis representaram 100% das publicidades de alimentos e bebidas. Em entrevistas com crianças e mães, também foi constatado que as campanhas influenciaram as crianças a acreditar que os alimentos não saudáveis são legais, bons e até mesmo saudáveis. As mães também afirmaram que são influenciadas pelos filhos a comprar esse tipo de alimento.


Marcelo Jatobá e Ana Grilo/UnB Agência